Discovery não é luxo. UX não é extra.

Ainda tem muito líder empresarial que olha para times de UX e design e pensa:

“É legal ter, mas na minha empresa eu não preciso”

Como se escutar o cliente e usuário fosse um bônus.

Como se entender o problema fosse desperdício.

Como se experiência fosse perfumaria.

E assim, em tempos de execução, otimização e resultados, a primeira tesoura vem sempre no discovery.

Quando o papo é otimização de custos, o corte é quase automático:

“Vamos focar no core.”

“Agora é hora de execução.”

“Discovery a gente faz depois.”

E é nesse momento que o futuro começa a ficar comprometido.

A tendência de aumento de churn, perda de clientes, falta de novos produtos e features, queda na receita aumentam demais.

Internamente, os times se esforçam nas entregas, mas sem saber para que ou para quem serve a feature e o produto.

Deixa de testar com usuários ou lança sem mesmo testar.

Refina o backlog no escuro.

E acaba tendo retrabalhos, mudanças drásticas no produto e tudo parece desandar.

Discovery é função de negócio. Não é fase prévia.

É nessa fase que:

• coleta dados internos e externos

• testa hipóteses com usuários reais

• prototipa com rapidez

• observa a operação

• traz evidências para decisões

• traduz necessidades em soluções claras

E tudo isso acontece durante o ciclo inteiro.

Não antes do desenvolvimento. Durante. Depois. Sempre.

Ignorar isso pode fazer até andarmos mais rápido, mas para o lugar errado.

Parece ágil.

Parece produtivo.

Parece econômico.

Mas na prática:

• aumenta o retrabalho

• empobrece a experiência

• descola produto de problema real

e torna o time um entregador de pedidos, não um resolvedor de problemas reais e agregador de valor ao negócio.

Se você está avaliando cortar UX e Discovery... tem certeza de que está ganhando eficiência?

Ou está só tirando do time a chance de acertar?

Produto sem UX é chute.

Produto sem discovery é aposta sem base.

Não adianta medir velocidade se o time perdeu o rumo.

Num momento em que toda empresa quer eficiência, as mais maduras sabem: eficiência de verdade começa na escuta.

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